Já perguntava o saudoso Gonzaguinha: "E a vida o que é, diga lá meu irmão?".
Diante de catástrofes, tragédias e infortúnios fazemo-nos essa pergunta, ao ficarmos indignados, estarrecidos.
O terremoto no Haiti, que dizimou tantas vidas (milhares), foi apenas mais uma mensagem para o mundo, assim como a de Angra dos Reis, no Rio, durante o reveillon.
Diante da força da natureza, somos impotentes. Fortalezas, lugares aparentemente intransponíveis, podem tornar-se ruínas em minutos.
Com a evolução tecnológica e científica, o homem conseguiu dominar a natureza em alguns aspectos, inclusive ao prever ciclones, temporais e outros cataclismas, mas não se consegue prever todos os desdobramentos de tais eventos.
É muita pretensão dos pobres mortais, achar que para tudo, tem que haver uma explicação científica, seguir uma lógica, que no fundo vem satisfazer sua necessidade de controle e domínio.
Mas vem a natureza, demonstrar claramente que não é possível, expondo nossa fragilidade, como e quão pequenos e insignificantes somos nós diante do que pode existir, do que pode estar além da nossa capacidade de compreensão. Estou falando de Deus? Também.
A vida é recheada do coisas ruins e boas e estamos vulneráveis a elas sem aviso prévio.
O acaso está aí, a cada dia sorteando alguns em todo o mundo numa verddeira roleta russa.
E como tudo tem dois lados, essas tragédias nos trazem algo de bom também. Uma mensagem profunda embora clichê, de que nossa presença nesse lugar misterioso que é o mundo, é finita, e que não devemos perder tempo com o fútil. Que devemos aproveitar o máximo da vida, aceitar o imutável e dele, aproveitar o melhor.Não perder tempo se perguntando "por quê??" pois algumas respostas nunca teremos. Agradecer por cada dia em que vemos amanhecer.
Sorrir mais, amar mais, reclamar menos. Ouvir a inspiradora música de gonzaguinha, que diz: " viver e não ter a vergonha de ser feliz... "; é o que nos resta, pois podemos muito, mas não podemos tudo.
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